quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Chamado Para o Ministério.

Para mim é uma maravilha ver como há homens que continuam tranqüilos a obra da pregação ano após ano, sem conversões. Não têm eles entranhas de compaixão pelos outros? Não têm senso de responsabilidade por si mesmos? Ousam eles, por uma falsa representação da soberania divina, lançar a culpa sobre o seu Senhor? Ou acreditam eles que Paulo planta, Apolo rega, e Deus não dá o cresci¬mento? Inúteis são os seus talentos, a sua filosofia, a sua retórica, e até a sua ortodoxia, sem os sinais que devem seguir-se.
Como são enviados de Deus os que não trazem homens a Deus? Profetas cujas palavras são vazias de poder, semeadores cujas sementes fenecem todas, pes-cadores que não pegam peixes, soldados que não ferem são homens de Deus, estes? Certamente melhor seria trabalhar como lixeiro ou limpador de chaminé, do que ficar no ministério como uma árvore comple¬tamente estéril. A ocupação mais simples confere al¬gum benefício à humanidade, mas o infeliz que ocupa um púlpito e nunca glorifica o seu Deus com conversões, é um vazio, uma nódoa, uma feiura, uma injúria. Não vale o sal que come, muito menos o pão. E se escreve aos jornais para queixar-se da pequenez do seu salário, sua consciência, se é que tem alguma, bem poderia replicar: "E o que você ganha, não merece". Tempos de seca podem ocorrer; sim, e anos de escassez podem consumir os prévios anos de produtividade. Mas ainda haverá fruto em geral e fruto para a glória de Deus. Nesse meio tempo, a esterilidade transitória encherá a alma de indizível angústia. Imãos, se o Senhor não lhe der zelo pelas almas, agarrem-se à pedra de bater sola, ou à colher de pedreiro, mas evitem o púlpito com a mesma resolução com que valorizam a sua paz de coração e a sua salvação futura.Retirado de c.h.spurgeon.

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